25 de julho de 2011

Do baú.

Sou de um tempo em que se guardava botões em caixas e caixinhas, amostras de lãs e de rendas, restos de tecidos, novelos mais ou menos dobados. Sou de um tempo em que de um fato do avô já rodado, a avó fazia uma saia para ela; em que se viravam tecidos e forros, se subiam e desciam bainhas, se faziam remendos em calças e se cosiam cotoveleiras em casacos e camisas, sobretudo da pequenada. Sou de um tempo em que tínhamos costureira em casa alguns dias por semana e em que toda a roupa era reaproveitada, quando não mesmo feita de raiz, através dos modelos da Burda e de outras publicações semelhantes que havia em casa dos avós. Sou de um tempo em que ainda não se tinha verificado o apogeu dos pronto-a-vestir e das confecções massificadas.

Felizmente, parece-me que algumas coisas boas desse tempo estão de novo a regressar ao nosso dia-a-dia. 

Mar*





Uma das coisas que mais gostamos é descobrir pequenos tesouros escondidos em gavetas, armários e caixinhas nas nossas casas e em casa de familiares próximos. Dá-nos um prazer imenso coleccionar botões, rendas, tecidos, fechos, pedrinhas, missangas e bijuteria ou jóias que caíram em desuso, quer por esquecimento quer por não se encontrarem funcionais. 

Gostamos de pegar em tudo isto e ir transformando peças improváveis em coisas novas, adaptar roupa, criar objectos. Estamos a preparar algumas peças para vos apresentar, buscando inspiração num passado que nos ajudou a moldar a personalidade e no presente em que nos movemos. 

Fiquem atentos!

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